As minhas memórias

Reflexão

Como bom geminiano, tenho facilidade de mudar em tudo, de criar e de me reinventar. Tempos atrás, me animei no sentido de escrever um novo livro e ele seria uma espécie de “MINHAS MEMÓRIAS”. Cheguei até a rascunhar alguns temas para desenvolver. Entretanto, diante do que assisto ao meu redor, acho que não o farei. E por uma razão muito simples: as pessoas não gostam mais de ler.
Observem que até nos celulares as pessoas preferem mandar áudio. Outra prova é a quantidade de livrarias que fecharam suas portas. Isso começou em 2014, quando 3014 delas encerraram as suas atividades. E hoje, segundo a ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE LIVRARIAS, a cada 3 dias, uma fecha as suas portas. Então, não vejo razão para fazê-lo. Não sou tão importante a ponto de ter a pretensão que, após a minha morte, seja eternamente lembrado; nem idiota para achar que, fora os meus amigos verdadeiros e parte da família, continuem a lembrar de mim.
Dizem que a MEMÓRIA é o ESPELHO em que podemos ver os ausentes. Assim, acho que, após a morte, só seremos lembrados por quem conviveu conosco, e não tem nenhum UP quando chegamos ao outro lado da vida. É fácil constatar que grandes nomes, após a morte, são esquecidos após uma semana. Querer eternizar a vida através de livros tornou-se perda de tempo. Faz mais sentido proporcionar momentos inesquecíveis aos que amamos enquanto a morte não vem. Image by rawpixel.com/on Freepik

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