A visão de Deo Rozindo

Economia

Alan Greenspan deu ao mundo uma regra que, ao longo do tempo, se mostrou inadequada. Segundo ele, aumentos sucessivos e de pequena monta na taxa de juros seriam capazes de reter a inflação, ao passo que a sua diminuição lenta e constante impulsionaria a economia.
Mas, foi Paul Volcker, enquanto presidente do Fed, quem conseguiu manobrar a taxa de juros para conciliar o pleno emprego e uma inflação tendente a zero. Defendendo os interesses dos EUA, ele elevou a taxa em 21%, permitindo que o país crescesse durante 40 anos consecutivos, mas quebrando a maioria dos países emergentes no processo.
Apesar de excelente para os americanos, a política adotada pelo Volcker não deixou de cobrar seu preço. Nem mesmo o porteiro de seu prédio o cumprimentava, que dirá dos economistas dos países cujas dívidas externas haviam sido alçadas para patamares até então inéditos.
O Greenspan, burocrata que é, esteve ao longo da vida mais preocupado com a própria imagem do que em tomar uma decisão arrojada. A conta ficou para o mundo todo na forma da alta da inflação e de um baixo crescimento econômico. Uma lição para os bancos centrais que teimam em insistir nessa política ineficiente.
Por isso, acredito que mesmo se o Roberto Campos trouxer a taxa de juros para 6%, nada acontecerá. A inflação e o crescimento econômico permanecerão iguais. Image by Freepik

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